Meus olhos, famintos, não se cansam De te acariciar Procuram sempre um novo ângulo Pra te admirar E sonham mergulhar na sua boca de vulcão Provar todo o calor que há na sua erupção Escorregar nos rios claros Das margens dos teus pêlos E encontrar o ouro escondido Que brilha em seus cabelos Devorar a fruta que te emprestou o cheiro E talvez desfrutar de um amor puro e verdadeiro Esquecer o espaço, o tempo e o viver Perder a noção do que é ter a noção do perder Se um dia eu fui alegria ao te conhecer Agora canto porque sinto a dor de não te ter