作词 : Douglas Aparecido de Oliveira/Marcos Cezar Guassu/Ataide Jr. 作曲 : Douglas Aparecido de Oliveira/Marcos Cezar Guassu/Ataide Jr. [Verso 1] O sistema plantou sangue pra colher corpo no chão de humilde Quem vê cara não vê coração é triste No lixão mano que procurava comida Cansou de comer resto imundo e podre das famílias Dos banqueiros, dos doleiros, donos de cassinos Pra se tornar outro psico assassino Gerente de biqueiro outro seqüestrador que Explode miolo de vítima sem rancor enfim Outro humilde que apenas sonhava Com a família em paz no barraco de tábua Com os filhos na creche do bairro brincando no parquinho Sem ter que sonhar com o pai trancafiado no presídio Só fui apenas mais um que quis sair do inferno Sem depender da esmola do programa fome zero Mas não, outra madame vai chorar pelo sangue De mais um filho que se exibia no choque de Mustan Pelo América Nexpress sem limite clonado Ou pelo marido encontrado carbonizado caralho Pra mim só restou música de bala na agulha Seu carro e seu ouro ainda é pouco espatifando nunca Vem conferir por que o monstro não tem compaixão Por que é sangue e não mercúrio de televisão Sua oração não vai fincar cadáver no chão Quem vê cara não vê coração [Refrão] O sistema plantou sangue pra colher cadáver no chão Quem vê cara não vê coração O sistema plantou sangue pra colher cadáver no chão Quem vê cara não vê coração, quem vê cara não vê coração O sistema plantou sangue pra colher cadáver no chão Quem vê cara não vê coração, quem vê cara não vê coração Quem vê cara não vê coração, quem vê cara não vê coração [Verso 2] É embaçado olhar ao seu redor e não enxergar Do jeito que a novela mostra tudo de vista pro mar As pessoas na calçada bebendo água de coco Champanhe com morangos, lagosta no almoço Vagabundo aqui é puro ódio incontrolável Tipo aqueles que jogam bola com a cabeça cortada no pátio Do jack ou do inimigo de outra facção É sem perdão ou em outra fuga da rebelião Só sou mais um que cansou de esperar pela fé Que engrossava a estatística do IBGE Não sei o que é WINDOWS e nem MICROSOLFT Só sei o que é gatilho de USI pra abrir cofre Chega, PM mata favelado afogado na lama Troco de merda cria o inferno por óbito e fama Vem de BLAZER de PT no morro estilingue Perto das HK 47, Granada e dos Rifles E indústria russa pra tremer a viatura E receber premiação de bala na sepultura E é só sangue e cadáver metralhados no chão Quem vê cara não vê coração [Refrão] O sistema plantou sangue pra colher cadáver no chão Quem vê cara não vê coração O sistema plantou sangue pra colher cadáver no chão Quem vê cara não vê coração O sistema plantou sangue pra colher cadáver no chão Quem vê cara não vê coração, quem vê cara não vê coração Quem vê cara não vê coração [Verso 3] Não tenta ser herói quando eu gritar é um assalto Dá as chaves, os documentos, o CITROËN PICASSO Não pensa em bloquear o celular nem reagir Ou seus filhos vão chorar no cemitério do MORUMBI Do que adiantou cerca eletrificada Câmera pela casa, segurança armada Escolta pra levar e te buscar na ginástica Mordomo pra limpar seu rabo quando você caga Me diz se aqui na selva de pedra refém pra nós é lucro Roubos por segundo pra polícia anti-furto Ficar de pernas pro ar enquanto pedimos pedágio Enquanto furamos sem dó as latas do blindado Ladrão eu não nasci em berço de ouro e é o seguinte Só tive como escola a rua e o mundo do crime Quem que cresce num universo como esse sem virar Psicopata e tente te matar então Vem conferir por que o monstro não tem compaixão Por que é sangue e não mercúrio de televisão Sua oração não vai fincar cadáver no chão Quem vê cara não vê coração [Refrão x2] O sistema plantou sangue pra colher cadáver no chão Quem vê cara não vê coração O sistema plantou sangue pra colher cadáver no chão Quem vê cara não vê coração O sistema plantou sangue pra colher cadáver no chão Quem vê cara não vê coração, quem vê cara não vê coração Quem vê cara não vê coração