作词 : Thiago Elniño 作曲 : Slim Rimografia [Verso 1] Me internei na minha cultura feito candomblecista recolhido! Pra que os Deuses do Hip Hop me indicassem algum sentido De me manter fiel um coletivo sem coletividade Infestada de playboy nojento que mal chegou na puberdade! Eles disseram menino: filho, Elniño, preste atenção! Eles podem até fazer rap, mas Hip Hop, nunca serão! Numa mão, punho cerrado, na outra? dedo médio em riste! Saúde para esses péla é quando um preto desiste! Se lembra quando eu te conheci? Com a auto estima de um burro de carga? Hálito de fome, nem toda bosta desceu quando eu puxei a descarga No que o colonizador tinha implantado na sua mente Mas hoje tu pode sentir que nem todo preto sente Que é a paz de espírito de quem se encontra em guerra Para que a lei de Xangô se torne a lei sobre essa Terra Do Aye, olho para dentro de mim e encontro Orum E quando acordo, eu vou pra luta E quem me enfrenta, enfrenta Ogum! [Refrão] Eu quero ir Angola Janga Ou então para qualquer outro lugar Onde eu possa ser O que eu quiser [Verso 2] Saúde emocional um dilema pro meu povo! Tu tenta se libertar, mas o estado sempre inventa um jeito novo! Inspirado em um velho modelo para poder te dizer: Tu pode ser alforriado, mas livre nunca vai ser! E nessa nasce a exigência de ser forte, o tempo inteiro! Escravo bom é aquela que aguenta o tranco! Lembra? Então não faça bagunça no cativeiro! Pois escravo que aqui faz bagunça vai pro tronco? Lembra? Minha alma tem memória coletiva da dor Pois um homem preto na chibata é um irmão meu aonde for Independente de tempo, espaço, África é Mãe o sol é pai É a ancestralidade é o que me diz para onde vai Cada irmão irmão meu que se esquece disso, história triste! Banto, te faz acreditar que chance de ser feliz não existe! Mas eles querem te ver morrendo, irmão Porque para nós céu é limite e eles nos querem... varrendo seu chão [Refrão] Eu quero ir Angola Janga Ou então para qualquer outro lugar Onde eu possa ser O que eu quiser